Não se pode negar que o amor se apresenta em muitos momentos
da nossa vida. Mais será que sabemos quando é preciso dizer não pra nós mesmos?
É sobre esses fenômenos que falaremos a seguir.
Pois bem, quem nunca sofreu por amor? Quem nunca se prendeu
a alguém sem mesmo ter tido ao lado? Quem nunca idealizou uma pessoa pra si? E amor
platônico então, quem não viveu? Quando amamos é como se tudo isso não
importasse, é por esses e outros motivos que ESCOLHEMOS sofrer sabendo que é inviável
e improvável. Muitas vezes, o amor nos custa caro demais, às vezes, nós
passamos em cima de nós mesmos, olhando só o outro. Até que ponto vale se ANULAR
por amor? Ou até onde devemos ir para alcançar esse amor? Ou ainda, até quando
devemos esperar por alguém?
Idealizar um amor, esperar, criar expectativas, lutar, amar,
sentir, é fundamental e indiscutivelmente normal, mas, em alguns momentos nos
deparamos com a outra face do amor, um amor que dói, angustia, faz sofrer,
chorar, que compromete a nossa vida de tal forma que nos impede de enxergar que
tudo não vale à pena e que mesmo alcançando esse amor, ainda assim, trará conseqüências.
Esse é o momento em que assumimos a responsabilidade do sofrimento e assim
tomamos posse do masoquismo. Escolher sofrer é retirar o sentido da vida. Amar
não deve trazer sofrimento, deve trazer sentimento e dos mais bonitos. Mas,
como tirar de nós um amor que mesmo doendo ainda está tão presente? Na verdade
respondo que: São escolhas, escolher ou não sair, querer ou não sair da ilusão
para a realidade, é enfrentar a si mesmo, mesmo, quando não se tem força... A
história da águia é um exemplo que muito tem a nos ensinar:
Quando a águia vai ficando velha, ela começa a perder a
vitalidade, a agilidade, a força... Mas, a águia mesmo fraca decidi mudar tudo,
se renovar e isso vai lhe trazer grande dor mas ela precisa principalmente de grande coragem, a águia
começa a arrancar as unhas que não servem para agarrar as presas, arranca as
penas que já estão fracas e velhas e por fim arranca o bico batendo fortemente
em pedras... Isso traz grande sofrimento, mas, depois de semanas, novas unhas
crescem, penas novas e bonitas surgem e um bico forte ocupa o lugar do velho.
Agora a águia pode voar de forma ágil, pode caçar seus alimentos e torna-se uma
águia renovada. É o processo de Renascer, para isso, precisa-se da dor.
Essa história exemplifica bem o amor iludido, sem sentido...
Você precisa decidir... Vai ficar como águia velha, ou vai escolher voar alto e
enxergar o mundo que antes não alcançava os nossos olhos? Não se iluda com um
laguinho limpo no meio da estrada, caminhe mais um pouco e encontrará o mar...
É preciso dizer não a si mesmo e esperar... Assim se
renasce.
Macdouglas de Oliveira.